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Natal – O Divino se tornou humano!

FACEBOOK CEA 09122020

Natal encarnação de Deus na humanidade. O Divino se torna humano, para o humano, torna-se divino. Deus se manifestou a mulheres e homens trazendo a novidade da plenitude da vida. “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo,10;10). Para que o filho de Deus se manifestasse ao mundo muitas pessoas foram desafiadas a enfrentar seus medos, romper paradigmas, romper preconceitos, romper distâncias, reinventar caminhos desafiando autoridades e colocando-se em movimento, sonhando sonhos de que para quem está com Deus, nada é impossível. Maria ouviu o anjo que lhe disse, “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus” (Lc 1;30). “Para Deus nada é impossível” (Lc 1;37). Maria acreditou que era possível, e se pôs a caminho...

José era homem justo, diz o texto de Mt 1;19, não queria denunciar Maria como era o costume da época... José era um homem livre das amarras do sistema patriarcal da época, da masculinidade tóxica que falamos hoje. Sonhou com o anjo que lhe disse, “não tenha medo de receber Maria como esposa” (Mt 1;21).  Ao sonhar com o anjo José coloca-se a caminho, e vai ao encontro de Maria, sonhando que era possível. Maria e José colocam-se a caminho! Jesus no ventre e na fé de Maria e José, chegaram a Belém. Com toda dificuldade de uma gestante em final de gravidez, Maria fez a caminhada. Na cidade não encontraram um lugar.

Sonhar na cidade grande é quase impossível, é um corre, corre, não dá tempo para o sonho. Maria e José ainda com o sonho muito claro em suas mentes e com a certeza de que, para quem está com Deus nada é impossível, encontraram um lugar humilde onde pudessem passar a noite. Foi ali naquele lugar, uma estrabaria, lugar onde dormem os animais, foi ali que Maria deu à luz. Maria sentiu, como todas as mulheres, as dores de um parto, e, como muitas mulheres ainda hoje, não teve os cuidados de uma doula, parteira ou obstetra... foi ali que o Divino nasceu. Com o seu nascimento, o Menino Deus resgatou toda a criação! Foi ali que Deus se encanou, tornou-se gente, acampou no meio de nós!

O acontecimento não podia ficar só entre Maria, José e os animais que acompanhavam todo o acontecido, mais gente precisava ver a generosidade e a grandiosidade daquela manifestação. Não eram as pessoas importantes da sociedade que acalentavam no coração o sonho. As pessoas que sonhavam com a manifestação divina, de alguma forma, eram as pessoas simples e humildes, elas foram chamadas para ver aquele acontecimento, as escolhidas foram pastoras e pastores, pessoas simples que, naquela época, viviam nos campos pastoreando ovelhas, homens e mulheres, empobrecidas...  Os pastores e as pastoras também tinham medo! O Anjo vem ao encontro delas e diz “Não tenham medo! Eu anuncio a vocês a grande alegria para todos os povos” (Lc 2;10). Desafiando os medos, lá se vão para o encontro com aquela linda e dolorosa cena, Maria deu a Luz na estrabaria com todos os ricos de uma mulher em trabalho de parto, o menino? O menino era o filho de Deus, Jesus!

Outro grupo de pessoas foram chamadas também para ver de perto aquela manifestação, foram os magos. Os magos também sonharam e acreditaram que aquela estrela deveria ser mais importante, era diferente, tinha um brilho diferente. Colocaram-se a caminho e, no meio da caminhada, precisaram reinventar outra rota, para desviar dos que tinham em suas mãos o poder, e sentiam-se ameaçados com o que os magos disseram do menino que havia nascido em uma estrebaria em Belém.

Com o passar dos tempos o Natal, celebração da manifestação do filho Deus, perdeu seu sentido, desapareceu a fé, virou apenas um tempo em que o comércio o tem em seu calendário como o momento mais lucrativo do ano. Muitas igrejas celebram, para cumprir um calendário litúrgico, não como um momento de esperançar, de dizer com toda certeza de que, para quem está com Deus, nada é impossível!

Acreditar que é possível desafiar sistemas, colocar-se a caminho, fazer diferente, está complicado. Estamos cansadas de um ano tão diferente de tudo que essa geração tinha vivido. Estamos com medo da Pandemia, medo de enfrentar o sistema político e social de nosso País.  Temos medo! O medo parece estar nos paralisando.

 Estamos em um tempo difícil, vivendo uma pandemia, muitas pessoas perderam seus empregos, muitas perderam pessoas querida da família para o vírus. A violência tem aumentado muito, principalmente violências domésticas, mulheres e meninas tem sido vítimas de violência dentro de suas casas, fruto de um patriarcado sistêmico, que se reforça a cada dia para manter o capitalismo. Muitas famílias perderam suas casas, estamos entrando em uma crise humanitária. Mas foi exatamente em meio a uma crise assim, que a Encarnação Divina se deu! Em meio àquela crise, muitas pessoas ousaram e fizeram um caminho diferente. 

O caminho para o nascimento de Jesus foi feito de sonhos, de fé e de esperança. No acreditar de mulheres e homens, aquelas pessoas tinham a certeza de que, “para quem estava com Deus, nada é era impossível”.

Estamos no período do Advento, nos preparando para celebramos o Natal de Jesus, onde tudo parece impossível, será impossível se colocarmos no individual. Quando colocamos nossa esperança no individual, em nós mesmos, sim, vai ser muito difícil celebrar o Natal. Com o seu Nascimento, Jesus nos mostrou que precisamos encontrar força e apoio umas nas outras... Foi desta forma que aconteceu a manifestação Divina.  Precisamos estar em grupos, comunidades, e, no grupo, olharmos para frente, para o caminho. Acreditar, ter fé. Ter fé é a certeza de que, se estamos com Deus, tudo é possível. Poderá vir as maiores tempestades, assim como aconteceu com Maria e José, mas podemos enfrentar juntas em comunidade.

“Não tenha medo disse o anjo a Maria, você encontrou graça diante de Deus”. Para quem está com Deus nada é impossível? Ou quem sabe sonharmos como José, é possível reinventar, ousar e fazer diferente! Ou ainda escutar como os pastores e pastoras “não tenham medo eu trago uma boa notícia”? Ou ainda, reinventar outro caminho como os magos? Ou será que vamos continuar com um Natal de comércio e do lucro? Precisamos aprender que a festa do nascimento de Jesus foi de partilha de sonhos, ousadias e caminhos. Precisamos também, nós que celebramos o nascimento de Jesus, nos colocar em movimento. Não podemos perder a essência do projeto da manifestação de Deus para a humanidade.

Revda Lucia Dal Pont

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